Um dos grandes nomes do Samba completou recentemente 87 anos. Hildemar Diniz o mestre "Monarco", líder da Velha Guarda da Portela, presidente de honra da escola e autor de clássicos do Samba. É uma honra ver a minha homenagem ilustrando as redes sociais da Portela e agradeço a escola por estender a minha homenagem a este grande mestre do Samba.
terça-feira, 25 de agosto de 2020
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Clara Nunes
Filha de violeiro, Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, nasceu em 1942 em Cedro (atualmente Caetanópolis, em Minas Gerais ), aonde foi inaugurado em 2004 o Instituto Clara Nunes. A mineira Clara Nunes é uma das grandes intérpretes da música brasileira, registrou recordes de vendas, sendo a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil discos, gravou diversos compositores portelenses, cantou a sua fé religiosa, pesquisou e gravou ritmos brasileiros, em homenagem póstuma a rua aonde está situada a quadra da Portela foi batizada com seu nome. A portelense Clara Nunes foi casada com Paulo César Pinheiro, um dos grandes compositores da música popular brasileira, autor de "Portela na Avenida", um grande clássico do Samba e um dos hinos da escola, utilizei nesta caricatura um trecho deste clássico para homenagear a cantora e a sua escola de coração. Agradeço e me sinto honrado pela Portela publicar a minha homenagem na data em que é celebrado o aniversário da grande cantora:
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Bezerra da Silva
José Bezerra da Silva nasceu em Recife e chegou no Rio de Janeiro aos 15 anos. Para escapar da miséria e da fome viajou clandestinamente em um navio, desembarcando em terras cariocas se deparou com diversas dificuldades, sem amparo e residência fixa dormia nas obras em que trabalhou até conhecer uma mulher que o levou para morar no morro do Cantagalo, aonde começou a estreitar as suas relações com o samba, iniciando a partir daí a sua carreira musical, primeiramente como instrumentista, gravando em 1969 o seu primeiro compacto como intérprete. Bezerra da Silva retratou de forma brilhante em suas interpretações a vida cotidiana das favelas, os problemas sociais, a geografia social dos morros cariocas e os personagens da "cruel sociedade" perfeitamente caricaturizados pelo sambista, o malandro, o otário, o "bicho solto", o "sangue bom", o trabalhador, o "171 oficializado", a corrupção na sociedade, os embates entre criminosos e policiais, as gírias, a sabedoria do povo e seu senso de justiça. Seu time de compositores, geralmente habitantes do mesmo cenário que retratavam , revelavam em suas composições a percepção da sua própria realidade, incorporando uma feroz crítica social em músicas que oscilam entre tons de desabafo e humor.
Agradeço ao Samba em Rede por estender a minha homenagem ao lendário "bom malandro que não deixava furo e era considerado em qualquer jurisdição".